08 fevereiro 2008

Carnaval, salut!!

A ansiedade já não cabia mais em mim. O tempo passava e nada de chegar o carnaval. Mas finalmente chegou o grande dia. Era hora de fazer as malas.

Tem gente que consegue recarregar as baterias com um simples virar de ano. Reveillon e aquela coisa toda. Eu não. O carnaval sempre marcou a minha virada de ano. Cinco dias de folia cansam fisicamente, mas me deixam muito, muito leve. Pronta pra recomeçar. Como se minhas baterias fossem trocadas. Férias emocionais.

O carnaval deste ano foi diferente. Mas nem por isto deixou de me renovar. Houve surpresas desagradáveis. Mas também houve boas surpresas. Se por um lado algumas pessoas mostraram um lado ruim que eu não conhecia, por outro descobri que não houve decepção da minha parte. Eu simplesmente constatei algo que intimamente eu parecia já conhecer e decidi que aquilo não vai mais fazer parte da minha vida. É claro que rolou um stress básico, ver que fiquei me enganando com as atitudes alheias não foi bom. Mas foi bom conseguir ver, analisar e decidir se queria ou não continuar convivendo com aquelas atitudes. Não, definitivamente, eu não quero. Estou cansada de pessoas que só conjugam verbos na primeira pessoa do singular.

E por ter me afastado um pouco destas pessoas durante o carnaval, eu acabei convivendo mais com outras, que eu acabava relegando pra um segundo plano. Surpresa boa: encontrei pessoas amáveis, receptivas e generosas. Pessoas que sorriram de volta gratuitamente quando eu sorri. O mais engraçado é que eu sempre convivi com estas belas pessoas, mas nunca tinha me dado conta do quão especiais elas são. Desta vez eu me surpreendi. E fiquei muito feliz com a surpresa.

O melhor de tudo é que esta renovação aconteceu justamente no meu momento de catarse. Aconteceu num momento em que eu estava receptiva a mudanças, com a energia renovada, alegre, feliz, pulando, cantando e dançando a vida em carnaval. Tomei chuva, pisei no chão sujo, mergulhei no mar, me esfolei na areia, tomei vento na cara e queimei os pés de tanto dançar na Sapucaí. Abracei e fui abraçada; beijei e fui beijada. E sempre cercada de pessoas especiais. Ou que foram especiais um dia.

Bem, algumas não são mais especiais. Mas não tem problema: era hora da renovação. Uns vão, outros vêm, poucos permanecem. É assim que funciona. Neste carnaval alguns se foram (se bem que acho que fui eu quem os mandou embora), e também encontrei quem permaneça. Valeu a pena, carnaval. Mais uma vez, valeu.

E aos que até hoje permanecem, pierrots e colombinas, um brinde à vida!!


Larissa está soft, soft, soft de tanto pular carnaval. Está com as baterias recarregadas e torce pra elas durarem até o próximo carnaval, até a próxima renovação.